domingo, 17 de janeiro de 2010

Gotas da Chuva

Nos olhos teus busquei abrigo
Andei por ontem, eu digo, fiz de tudo pra estar contigo.
Meu coração, segurou a dor da tua indiferença
Enquanto contei gota por gota da chuva, como quem junta as lembranças de você
Eu vi teus olhos focalizarem um horizonte que não continha a min.
Mesmo quando soltou a sua dor, foi em min a consequencia física
Eu senti a tua alegria, espelhada, revoltada as minhas ânsias
A minha esperança, lembrança, estada mística
Pedi a Deus pra dar-te um sonho bom
senti, chorei, gritei aos meus casos paranoicos de viver
Minha alegria, eu sentia, estava congelada
Podiam ser as terças, os feriados imensuráveis, não houve doce pra arrumar o perfume
que pudesse aliviar a tensão, de ver criar-se outra estrada
Música pra olvidar, calendário pra saber, os dias que eu perdi você.
Quem é você afinal?
Como pode entrar na minha vida assim? sem entender como funciona meus pensamentos?
Palavra, coração a dentro, meu sentimento inteiro por você
Denovo peguei caminho, fui andando, sozinho, a sete léguas de você
Confesso senti, e talvez ainda sinta seu caminho cruzando o meu
Mas não há mais, não tem pedaços meus a recolher, você quebrou os que restaram!
Meu coração não aguentou o grande peso de viver a tua felicidade
Hoje choveu em min, agora as gotas vão construindo, até que eu fique encharcado.
O caminho vai secando sozinho, e eu vou olhando outro pensar
Eu mesmo tive de me secar, cortar lembranças, e ver o caminho para o que eu sou
Já vou andando agora, ainda te desejo um sonho bom
Mas vou esperar as gotas da chuva em outro lugar.

domingo, 10 de janeiro de 2010

A última melodia

Saio deste canto
Dou o acorde à última melodia
Deixo para traz tudo que havia
Indo, mas deixando o pranto
Chegou o tempo de cantar em outro lugar
Chegou o dia da nova canção
Sozinho entre a água e o ar
Nas dores do meu coração
Fujo pro meu passo
Um caminho que seja meu
Não há mágoas no que faço
Contanto que Eu seja Eu
Lágrimas e esperança
Nem mesmo o sol olha pra traz
Vou correr e sem lembranças
Vou indo, não volto mais.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O que posso ser

Eu quero ser a pessoa extrovertida
Quero ser a destemida, a mais tímida possivel.
Quero ser o popular, o reservado, o que fala tudo na cara.
Quero ser o que ampara, o que respeita os outros, que não se abala.
Quero ser o inteligente, o contente, o que não entende nada.
O brabo, o santo, mesmo enquanto sou um pouco tanto o avesso.
Serei discreto, aberto, falante, recatado, enfim serei usado de todas as facetas.
Assim sou eu, essa vontade de ser todos, um pouco de tudo.
Valente, esperto, medroso é certo. Vencedor.
O patife, o bom , o fetiche de jogador.
O bonzinho, o bandinho escondidinho, a pessoa errada.
Sou mais essa vontade de ser como tudo é, não me completo sozinho, minha vontade é grande.
Sou o ser de simulacros, e o mosaico da vida.
Sou o que posso ser dentro dos meu próprios seres.
SOU o NÓS.