quarta-feira, 28 de abril de 2010

Canção da Despedida

Eu vou andando
E vejo as luzes da cidade
E tudo o que já aconteceu
E a vida assim, parece tão pequena.
Vou indo, estou olhando devagar
Pois eu ainda não sei o que entortou a estrada.
Estão livre as mercearias
pra venderem seus sonhos idiotas
Os barcos de alegria passam só de vez em vez
As portas fechadas são todas de alvenaria
Já que na incerteza, não há do que duvidar
A vida toda , hora, dia e mês.
Somos todos apenas vozes
No cantar unissínuo do desenvolvimento
Na canção da despedida
Vai falar mais alto o sentimento.
Oh meu amigo! minhas mãos não cheguam até você
É o cômico que se tornou trágico
Num ato, mágico de ser.
Há de se ver a outra estrada
Há de ter uma nova canção
Da história, do riso,bem guardadas
Pro mundo novo, de amor e razão.






sexta-feira, 23 de abril de 2010

Jardim de Lágrimas

Procuro um lugar que acolha as minhas dores.
Um tempo onde more as minhas sensações
Lembrança dos meu amores
Guardados sempre nas emoções.
Quero levar bem longe
De tudo isso que corroí
Que contamina
Tudo que destrói, que não germina.
Quero um jardim de lágrimas
Que traga bento todas as coisas
Que passadas pela dor encare
As inconstâncias da humanidade
Procuro uma flor
Nem pura nem desgastada
seja ela como for
Meia cor, de todo avermelhada
Procuro uma alegria
Que por aqui jaz perdida
E em todos a euforia
Do amor a bandeira vem erguida
procuro a inocência
Que não se vê por aí
que as crianças insistem
ao chorar ao brincar e a sorrir.



Silêncio e Grito

Não abri os olhos pra ver esse egoísmo que toma a todos e a tudo
Não pedi um mundo torto de presente!
Não abri os olhos pra ver milhares de crianças morrendo de fome
Não tenho gosto pela falta de compaixão
Não desejei que as pessoas carregassem tanta maldade no coração.
Não, não escolhi isso não.
Simplesmente a força do meu grito está abafada!
as cadeias lotadas, a força da corrupção, e a festa de falta de ética.
Esqueceram de abrir os olhos, me condenam com a realidade.
E por mais forte que eu fale, as armaduras se fecham absurdamente cruéis.
E o pior de tudo meu amigo? Ela ainda está no coração do homem.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ressurreição

Não sei ao certo quantas dores é preciso sofrer pra viver o amor.
Não sei ao certo o quanto cada pessoa esconde da gente, e a face que parece pura, é dura, é contente.
Não sei ao certo em quantos pedaços são divididos nossos sonhos, em quantas partes é separado o nosso coração.
Não sei ao certo quantas mentiras tive de contar pra aprender o valor da verdade
Não sei ao certo se covarde é fazer as coisas erradas, ou não fazer nada.
Não sei ao certo quantas pessoas boas morrem todo dia pra manter acessa a força que chamamos esperança
Não sei ao certo quando deixei de ser criança.
Não sei ao certo quantas estrelas existem no céu, e quantas delas em mim se apagaram.
Não sei ao certo quantas almas tenho, quantas idéias eu possuo.
Não sei ao certo se a chuva leva ou traz as mágoas.
Não sei ao certo quanto tive de ficar sozinho pra querer alguém.
Não sei ao certo o quanto consigo ser verdadeiro, o quanto as pessoas se enganam comigo.
Não sei ao certo o que já aprendi com todos, o que ensinei a alguém
Não sei ao certo se penso demais ou vivo de menos?
Não sei ao certo o quanto de ruim é preciso acontecer, o tanto que não se pode controlar.
Não sei ao certo o tempo entre sofrer e amar.
Não sei ao certo se é o dia que nasce ou a noite que morre.
Não sei ao certo se o sol no mar é a eternidade.
Não sei ao certo quantas vezes senti saudades.
Não sei ao certo como se morre.
Não sei ao certo se te perder é doer mais em mim ou em você
Não sei ao certo se o correto é deixar de acontecer
Não sei ao certo, não, não sei ao certo.
A única coisa que sei ao certo: é que não importa o quanto, nem quando, nem onde nem porque.
O que importa é amar! E enquanto a vida durar amar, pra não temer chorar, pra não se arrepender, nem se torturar, por ter tido o poder, e não poder amar.
E quando tudo acabar, Amar! ainda que queiram prender, ainda que tentem calar
A voz que te faz crescer, amar! até quando morrer, seja ressuscitar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Flores sem Razão

Das coisas sem razão, as destemidas, são as brasas de amor.
O afago, o riso, a inquietação, a calma que vem da dor
Quem não conhece as vontades incontroláveis?
As insuportaveis, as que tem valor.
São incansáveis as portas abertas
São infinitas as coisas sem metas
São tudo, é a esperança
A inconstância nas coisas sem porque.
O disfarce das dores e as coisas sem saber
Um momento, um silencio, tudo por você
E as coisas que ficam assim, sem dar explicação
E esperar entender, essas flores sem razão.