quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Como tudo deve ser

Caríssima.
Eu teria de fuzilar meus pensamentos e levá-los aos meios mais obtusos de minha inteligência para ter certeza que escrever-te seria um ato débil e irracional.
Eu teria de cortar meus pulsos pra aceitar que poderia ser mais feliz fingindo o que sempre fiz, fazendo o que sempre faço, ainda sabendo da rápida vida que tenho.
Eu podia me importar com os meus defeitos o bastante pra arrumar motivos e desistir. Eu poderia inumerar os seus.
Ha tantas coisas que fazem pensar que o rumo que seguimos nesse mundo, esse fincado no comodismo e esquecimento onde fingimos que fazemos o que queremos e que somos tomados pela felicidade que desejamos, está sempre mais certo, máis acessivel.
Talvez eu pudesse escancarar os fatos, pesar minhas garantias, os prós e os contras. Olhar tudo o que me faz não te querer, e no final escolher em ti.
Eu teria de me importar com as frases, me ligar nas idéias, e assimilar as conjecturas e os sentimentos dos outros, pra ignorar o fato de que te amo.
Haveria meu Deus! tantas razões pra exclarecer minhas ações? minhas escolhas e decisões? haverá algum fato que ignorei, que me encontro onde estou?
Sei que gosto de você porque gosto de mim o bastante pra admitir isso. E não vai me importar nada, das coisas que não tenho controle, dos meus pensamentos que não quero, das invisiveis coisas que me fazem refletir mais do que preciso. Não preciso disso!
Eu só preciso de você. E todas as coisas que me fazem pensar em ti.
EU só preciso te amar, simples e puramente, partindo do que sou.
Eu só preciso que o mundo inteiro olhe, que o meu mundo inteiro olhe!
E que as frases não fiquem entre ninguém, pois há casos e casos de amor.
E todos as escolhas na vida... caríssima
Eu te amo!
acusatóriamente,
no destino das coisas, na rota do universo,
Enfim..
Como tudo deve ser.

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